Vagas Avaras, Vozes vagas

O lendário mar apascenta águas e ascende

vagas avaras, veleiros de vozes vagas

violas veladas que em novelo o som lacra

e o velame o tempo entrega ao vento vigente

Vozes veladas, veleiros de vozes sacras

O ambulante mar novelos de afã divaga

E os ventos acata adiante entre mãos d´água

Vozes avaras, velames de violas vagas

O poema os ventos colhe entre mãos de adagas

Laudas votivas ecoam em ceia lauta

Vozes veladas, velames de vozes vagas

Veleiro que entoa os dons da esquiva jangada

Agudas adagas que entre vagas deságua

Vozes veladas, velames de vozes vagas