A DOR DE UM ADEUS
Naquela noite sem luar em que o frio
Estava mais dilacerante do que o normal,
Eu pronunciei com uma dor sem igual
Uma palavra que apagou de mim o brio.
Como lacerou a minh'alma um adeus dizer!
Ao mesmo tempo como foi libertador
Romper uma relação onde se esvaiu o amor,
Uma relação onde a frieza só quis recrudescer!
O meu coração sangrou entre prantos e lamentos,
Numa fase da vida onde os lutos e os sofrimentos
Fizeram eu reviver aqueles instantes derradeiros.
Nesse tempo, senti o gosto amargo do definitivo,
O gosto de ter dito um adeus instintivo
Que me fez abrir vias de sonhos novos e altaneiros.