NAQUELA TARDE

NAQUELA TARDE

Naquela tarde de OUTONO, COMO UM PUNHAL,

Naquela cidade distante o sol então adormecia,

Como os óculos de vento nos ombros da cal,

Lá ia a chuva com os pés de lã e entãp se via.

Quando uma estrada carrega bem no pedal,

Lá então o céu todo pois lá se estremecia...

E naquela barriga da noite até no pedestal,

Se escondia uma cortina de sol e arrefecia.

E como naquele momento mesmo tão absoluto,

Nas montanhas de cristal do dia mesmo bruto,

Desciam as escadarias da nossa qu'rida saudade.

No entanto um pássaro de aço que voa lá no céu,

Voava como uma ave e que então desapareceu,

Nas pernas do mar e nas coxas da nossa saudade.

LUÍS COSTA

03/02/2004

TÓLU

Atenção: esta página serve apenas para a sua própria visualização.

Por favor não envie o link desta página para terceiros, pois soment

TÓLU
Enviado por TÓLU em 23/03/2020
Reeditado em 23/03/2020
Código do texto: T6894620
Classificação de conteúdo: seguro