NAQUELA TARDE

Naquela tarde de OUTONO COMO UM PUNHAL

Naquela cidade distante o sol então adormecia,

Como os óculos de vento nos ombros da cal,

Lá ia a chuva co'os pés de lá e então se vai.

Quamdo uma estrada carrega bem no pedal,

Lá então o céu todo lá pois se estremecia,

E naquela barriga da noite até ao pdestal,

Se esconde uma cortina de sol a arrefecia.

E como naquele momento mesmo tão absoluto,

Nas montanhas de cristal do dia mesmo bruto,

Desciam as escadarias da nossa qu'rida saudade.

No entanto um pássaro de aço voa lá no céu,

Voava como uma ave e que então desapareceu,

Nas pernas do mar e nas coxas da nossa saudade.

LUÍS COSTA

'03/02/2004

TÓLU
Enviado por TÓLU em 17/04/2020
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