Quando o amor tem dois nomes

A arte de amassar as curvas no amplexo

dentro dos dedos ternos do flautista,

amar, amar, amar sem perdê-la de vista

desde o maior mormaço que há no plexo

-

solar, na calmaria doce das ondinas,

na tarde ensolarada do inverno em trópico,

faz que os olhos sejam mágico panóptico

confessional de coisas ditas em surdinas

-

arranhadas palavras como asas sonoras

quando o passar o tempo é só o das horas

das curvas amassadas com maiores ternuras,

-

sol na ponta dos dedos nunca em diásporas,

sempre a anunciar belas manhãs e auroras,

amor, amor, amor com duas assinaturas.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 03/06/2020
Reeditado em 04/06/2020
Código do texto: T6966810
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