Quando o amor tem dois nomes
A arte de amassar as curvas no amplexo
dentro dos dedos ternos do flautista,
amar, amar, amar sem perdê-la de vista
desde o maior mormaço que há no plexo
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solar, na calmaria doce das ondinas,
na tarde ensolarada do inverno em trópico,
faz que os olhos sejam mágico panóptico
confessional de coisas ditas em surdinas
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arranhadas palavras como asas sonoras
quando o passar o tempo é só o das horas
das curvas amassadas com maiores ternuras,
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sol na ponta dos dedos nunca em diásporas,
sempre a anunciar belas manhãs e auroras,
amor, amor, amor com duas assinaturas.