A MINHA HORTA
Com as poucas forças que me restam
Vou sachando o milho aqui da horta,
As pernas não ajudam, não prestam
E esta mão, também já se sente morta.
Mesmo assim cá vou andando
Temos de levar a vida em frente,
A mulher também vai ajudando,
Embora às vezes ela não aguente.
Mas é assim, temos que trabalhar,
A reforma é curta… e não vai dar
Para pagar as nossas despesas.
Só a farmácia já nos leva quase tudo
Mesmo assim ainda me acho um sortudo,
Só tenho pena de sentir as pernas presas.
Maria Custódia Pereira
27-07-2020=02,31 h