SAUDADES VIVAS
Mato as saudades que o vento me traz
Quando à janela, ele me vem visitar,
Olho em frente e observo aquele cartaz
Que me mostra imagens e me faz sonhar.
Fantasiando fico ali horas seguidas...
Olhando, nem dou por o tempo passar,
Imagino-te a brincar comigo às escondidas
E vejo o teu corpo pronto pr'a me abraçar.
As saudades quase me matam, acredita
E o vento fica gelado, e eu aflita...
Já não me ouço, a minha voz ficou rouca.
Á janela, espero ver-te passar na rua
Sei que não me queres, mas eu sou tua
E desejo demais sentir a tua boca.