Bom porto

Quem dera se a mulher fosse sempre bom porto,

onde a caravela encontrasse a brisa,

e o marujo soubesse o chão aonde pisa,

sem jamais naufragar ou encontrar-se morto

-

de cansaço ou de luta contra mares frios

que ainda assim se agigantam com linguas maiores

capazes de aumentar as angústias e dores,

mesmo que haja adiante bem mais desafios.

-

Quem dera o navegante encontrasse a alma,

que à alma do navio não fosse infensa,

compreendendo todos casos e histórias,

-

que o homem do mar tenta dizer com calma,

tentando compreender o que diz e o que pensa,

sem ter que se perder mais entre mil Marias.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 13/01/2021
Código do texto: T7158860
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