Aura

A solidão absoluta do ser mundano

aprisiona tudo, extingue ressonância,

mesmo a mais distante vinda da infância

indo atrás de doces em roça ou no urbano

mundo sem adjacência além da parede.

Essencial janela dá em rua deserta,

nada que há do antes amanhã desperta,

à água filtrada resta o matar a sede.

À renúncia imposta responde o silêncio,

resposta muito útil e meditativa.

O que importa ao ser é manter a alma-viva.

O corpo não deseja febre ou arrepio.

---- Só a alma transborda como doce aura,

---- enquanto só exista terror e paúra.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 03/04/2021
Código do texto: T7223209
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