PRANTOS QUE REDIMEM

Eu chorei enquanto percebia os grilhões

Serem despedaçados da minh'alma ainda esburacada

Naqueles momentos onde a fé alcançava as imensidões

E as preces criavam uma vida mais renovada.

Aos prantos eu consegui trazer à tona a verdade

Do meu ser, do meu coração e dos meus anseios,

Numa visceral jornada em prol da liberdade

De semear o inesquecível entre sonhos e devaneios.

Pranteei intensamente até não sobrar

Mais nenhuma lágrima de meus olhos despertos

Em sinal de uma reverência que me fez caminhar.

Foi então que eu pude ver alguns caminhos bem abertos...

Nas asas da redenção, eu pude a face das estrelas tocar,

E beber na nascente das promessas em meio aos desertos.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 02/05/2021
Reeditado em 28/06/2021
Código do texto: T7246504
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