Sem rumo
Um coração: dois corpos em união,
como se fossem almas siamesas,
dividindo as dores e as tristezas,
sem outra aventura ou ideação.
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Para sempre dois juntos: sim e sim,
sem outra opção desde o começo,
mesmo que entre os dois o desapreço
seja superior ao amor sem fim.
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De um dos dois a morte não liberta
aquele que conhece a morte certa.
Ó alma que deserta nunca é
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só! Talvez fosse melhor a morte certa
e a noite que de sonho não desperta
como razão de ser ou como fé.