SUTURA

Que ninguém nos impeça de cumprir a sina

desenhada na força de nossos sentidos;

vendaval não me assusta, pois ele tem crina

e conhece os caminhos de sonhos perdidos...

Justo contra a corrente é que se vai à mina

em que tantos ensejos foram desmentidos;

se soubermos nascer onde a vida termina

voltaremos aos elos que foram perdidos...

Emoções reformadas, almas recompostas,

uniremos os fios de nossas respostas

pro passado ferido, quase que de morte...

Retornando às raízes do que agora somos,

poderemos enfim reflorir e dar pomos;

onde houver sangramento suturar o corte...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 17/11/2007
Código do texto: T741030
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