NOS DIAS TRISTES.

Nos dias tristes a total neblina,

Põe vultos nas vidraças, irreais...

O melancólico jardim declina...

Tão pálidos, ali, são os rosais!

Os dias tristes tocam-me a cortina...

São dias que parecem espectrais...

Um nítido silêncio predomina...

E este silêncio não se finda mais!

As horas são morosas e vazias...

A minha sombra, nas paredes frias,

Erra, quando percorro a casa, em vão…

E uma moldura antiga tudo fita…

E uma presença nela ainda habita

Dia após dia, minha solidão...