SEQUELAS

Adentrei um vazio que nada esquadrinha,

pois o mesmo, no fundo, já resume o nada;

solidão é verdade que sabe ser minha;

sempre tive seu colo, seguindo esta estrada...

Por um túnel sem lados pergundo à jornada

como posso cumprí-la, se a erva daninha

toma os passos e torna minh´alma apenada

em um corpo dobrado procurando a espinha...

Comecei a ter fim quando vi que partiste,

quando vi nos teus olhos um sorriso triste

que dizia o que os lábios tentavam sem voz...

Mergulhei neste mar, me perdi nestas águas

de sequelas contidas camuflando as mágoas

onde moram lembranças de laços e nós...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 10/12/2007
Código do texto: T772489
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