FAZ DE CONTA QUE MEU VERSO

Faz de conta que meu verso brasileiro

Toca fundo ao coração do ser humano,

Que é perfeito como d’um parnasiano

Caprichoso, como fosse um joalheiro.

Faz de conta que meu verso alvissareiro

Ele é preciso, eficaz e soberano,

Verbalizando a este mundo vil, insano,

Que só Jesus é o Caminho verdadeiro!

Ah! Faz de conta, meu leitor, faz de conta,

Que minha lira ela serve, ponta a ponta,

Pra dizer ao coração da humanidade

Que as razões para existirmos neste mundo

É pra servir nosso Deus cada segundo,

E para amar uns aos outros de verdade!

— Antonio Costta