LABIRINTO DO SONHO
*Fanny*
Sonhos dilacerados erram por labirintos...
Poemas solitários, ritmos enlutados
flutuam sem asas, esmorecem extintos
de encanto... desalentam-se molestados.
Páginas rasgadas do coração...plangentes,
desabam no abismo sagaz da Razão...
Versos magoados quedam-se descrentes...
Jazem débeis no silêncio do coração!
Aninho-me no poente das recordações...
Busco devaneios longínquos no meu ser...
Em auras de alvorecer, alforrio emoções...
Pensamentos soltos tacteiam a eternidade...
Rodopiam afáveis num bailado de sentidos...
Embalam a fé, odes de alma em solenidade.