''Quem nos desviou assim, para que tivéssemos um ar de despedida em tudo o que fazemos? Como aquele que partindo se detém na última colina para contemplar o vale na distância- e ainda uma vez se volta hesitante, e aguarda- assim vivemos nós, numa incessante despedida.''

(Rainer Maria Rilke: Elegias de Duíno. Trecho 8ª elegia)

 

RÉQUIEM DE ADEUS

Um réquiem de adeus

Ao que fui em certos momentos de outrora

E ao que deixei para trás

Como alguém que parte na melhor hora.

 

Um réquiem a nossa própria vida:

Tão fugaz e transitória!

Hoje eu vejo que dela pouco posso esperar...

Livre, só almejo contemplar a eterna glória...

 

Parte da vida é um sonho de ilusão,

Embora guarde as suas primícias no meu coração:

A verdade das boas amizades e amores.

 

Um réquiem às esperanças dissolvidas

Que hoje em mim já não podem ser revividas

E que já não podem mais raiar os seus fulgores.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 28/04/2024
Reeditado em 28/04/2024
Código do texto: T8051576
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