DÍVIDAS

Não exija de mim aquilo que não devo,

sou caminheiro, com destino já escrito.

Devo chegar ao lugar que eu mereço,

vou caminhar e evitar outro tropeço.

Não me cobre uma dívida já assumida,

há muito tempo sei o lugar onde pagar.

Se me cobrar, vai abrindo uma ferida,

isso atrasa o meu longo caminhar.

No fim da vida, só recebo o que mereço,

só o que plantei dará sombra desejada,

colho os frutos nesta minha caminhada.

Se cobram agora uma dívida não vencida,

não posso ir semeando em minha estrada,

se não plantar, não colherei nesta jornada.

11-03-08-VEM.

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 13/03/2008
Reeditado em 15/08/2008
Código do texto: T898861