O ELOGIO FÁCIL

Sempre é mais fácil deglutir o elogio fácil do que aquilo que nos faz parar pra pensar. Por vezes, estas ações nos oprimem, confrangem o recebedor da análise: “botam pra baixo”, como é comum ouvir da maioria dos autores. A ninguém apraz ser objeto de severa crítica, porque resta ferida a autoestima. Principalmente no tocante à criação artística, mesmo que aceitemos que esta vivifique pela voz do alter ego e não do ego: heterônimo e ortônimo. É de essencial urgência que bebamos a vida em todas as suas nuanças. O espiritual tem inesperadas vertentes, e cada uma tem voz própria. Sempre em lados dialéticos: autor e analista.

– Do livro A URGÊNCIA ESSENCIAL, 2013.

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