O FLANELINHA E A INSEGURANÇA

O FLANELINHA E A INSEGURANÇA

EVILAZIO RIBEIRO

Um dos maiores problemas do cidadão brasileiro nos dias de hoje, é a insegurança que lhe tira o sossego e tranqüilidade de vida no seu cotidiano. A população padece de uma verdadeira “neurose” pelos constantes transtornos, sustos e apreensões que enfrenta, pois, em casa ou nas ruas é desprovida de segurança. Essa situação já deveria ter merecido dos governos uma atenção maior, para que ações preventivas severas fossem feitas. Mas, infelizmente, não se constitui em prioridade para os poderes constituídos, mesmo não estando eles livres da criminalidade, apesar de possuírem regalias que o povo em geral não tem. Todos de braços cruzados assistindo a um filme que não é mais ficção, e sim, uma triste realidade do nosso dia a dia!

Quem ainda não foi extorquido por flanelinha? Essa prática ocorre em todas as artérias da cidade. Se a polícia quiser não terá dificuldade para flagrar esses atos criminosos. Trata-se de uma pratica ostensiva e ilegal onde nenhum condutor de veiculo esta imune. A polícia presencia esse absurdo, mas, enquanto não houver um ato de violência e que venha mesmo a causar alguma morte, nada faz para coibir esse ilícito. Desses “donos da rua” que arbitram o valor a ser pago como se fossem proprietários do espaço pelo qual pagamos impostos (a depender do porte do veiculo e mesmo da ocasião os valores são modificados). Essa prática não fica a dever ao crime organizado que domina o país de norte a sul. Independente do ato extorsivo e criminoso, qual o orçamento familiar que agüenta em cada esquina uma cobrança indevida, descabida e arbitrária por um “serviço” que não pedimos nem autorizamos? Mesmo sendo ilegal, há alguns anos, fala-se que ira ser criado um cadastro deles, legitimando-os para cobrar “mais um abuso” que não deságua nos cofres da municipalidade nem tampouco sofrem cobrança de taxas ou algo assemelhado.

E, assim, estaremos legitimando mais uma vez aquilo que é ilegítimo e ilegal... O que mais poderemos esperar das nossas autoridades? Qual a autoridade que um “flanelinha” tem para guardar um automóvel?

Se um marginal quiser roubar ou danificar o veículo que atitude ele poderá adotar sem portar uma arma e sem treinamento algum?

Outra praga que nos assola são os “vigilantes das ruas” que sem nenhuma qualificação ou prerrogativa se arvoram de donos das ruas para extorquir da mesma maneira os cidadãos de bem, faço questão de repetir – de bem. Nesses casos, não pedimos os nenhum “serviço” e eles assumem o lugar da policia...

É possível que futuramente venham questionar seus “direitos trabalhistas” e continuaremos eternamente reféns e vitimas de um Estado totalmente falido, onde a policia não assume o seu papel de garantir o direito de ir e vir dos cidadãos deixando nossa Carta Magna como um simples papel ultrapassado tal qual um livro velho de estante... PARA PENSAR: “O pecado de elogiar é o de causar maior vaidade àqueles que já não enxergam acima da lama em que afundam”.Dalai Lama.

evilazioribeiro
Enviado por evilazioribeiro em 27/08/2011
Reeditado em 04/09/2011
Código do texto: T3185603
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