DESTINO DO POETA

* * *

Um homem saiu de casa,

nem sequer olhou p'ra trás...

Bateu-lhe o vento na asa

e voou d'encontro à Paz.

Não era um homem vulgar,

por ter o porte de atleta...

Saiu... Se alguém o encontrar,

Verá uma alma inquieta!

Voou por entre as estrelas

e doces mensagens leu...

Só brotam palavras belas

dessas nascentes do Céu.

Homens que vão traduzindo

o que a Natureza diz...

Escrevem dores sorrindo,

para quem não é feliz.

Distinguem na multidão

a agulha que anda perdida;

Seres que buscam em vão,

o rumo da própria vida.

Um homem saiu de casa,

com sua alma irrequieta...

O destino deu-lhe a Graça:

Saiu Homem e entrou Poeta.

* * *

03.01.2009 Abílio Henriques

Henricabilio

HENRICABILIO
Enviado por HENRICABILIO em 05/02/2009
Reeditado em 31/05/2009
Código do texto: T1423975
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