Eternidade

Ontem passei por labirinto,

não tenho asas, não entrei,

quando vi teus lábios rindo,

tive a percepção que errei.

Não escolhi andar perdido,

labirinto era o descaminho,

mas todo covarde é pérfido,

fui perder-me em teu carinho.

Se hoje ainda estou perdido,

disso não mais me arrependo,

hai de mim não tivesse ido

deixar de ser quem vou sendo;

ao teu lado, cego enxergo,

e mesmo surdo ouço canto,

sem forças uma rocha ergo

para deitar-me em recanto

bem fundo desse labirinto

onde há espiral de afagos,

magia, lábios de absinto;

casal eterno - dois magos.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 04/04/2009
Reeditado em 09/01/2010
Código do texto: T1521842
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.