O mercado para profissionais de recursos humanos em Porto Alegre

Nos últimos tempos a demanda por profissionais de recursos humanos aumentou consideravelmente em todos os estados do país, inclusive no Rio Grande do Sul. Em média, houve um acréscimo de dez por cento no volume de oportunidades abertas em todo o país. Na região de Porto Alegre, são abertas uma média de quarenta e cinco vagas por mês em todos os níveis, desde estagiários até gerentes.

O aumento na procura por profissionais na área de recursos humanos se deve a diversos fatores, dentre os principais pode-se destacar dois:

• O ingresso da “geração y” no mercado de trabalho e a necessidade de desenvolvimento de estratégias para retenção de talentos;

• A necessidade das empresas por um profissional estratégico que entenda do negócio da organização e proporcione soluções em termos de “gestão de pessoas”, ou seja, um profissional que aproxime a área de recursos humanos da área de negócios.

A busca por estes profissionais também teve um crescimento em empresas de pequeno e médio porte. As organizações perceberam que as necessidades de seus colaboradores vão além de um departamento pessoal. Fatores como qualidade de vida, melhores condições de trabalho e valorização profissional são parte das reinvindicações, entrando em convergência com os objetivos das organizações. Funcionários motivados produzem mais e com melhor qualidade, gerando um lucro satisfatório aos acionistas e compensando o investimento no profissional de rh.

Pesquisas salariais realizadas nos principais estados brasileiros mostram que a remuneração inicial para profissionais de recursos humanos em média partem de R$2.000 podendo chegar à aproximadamente R$10.000 para cargos mais estratégicos, conforme informações abaixo:

• Analista de RH Júnior – R$ 2.000

• Analista de RH Pleno – R$ 3.000

• Analista de RH Sênior – R$ 4.000

• Supervisor/Coordenador de RH – R$ 5.600

• Gerente de RH – R$ 9.960

Na região de Porto Alegre, a realidade destoa um pouco da média praticada na grande parte dos estados brasileiros para três posições, conforme podemos conferir a seguir:

• Analista de RH Sênior – R$ 3.000

• Supervisor/Coordenador – R$ 3.500

• Gerente de RH – R$ 5.000

A exigência em termos de competências técnicas segue o mesmo padrão dos demais estados. Este panorama apresentado reflete a média praticada, mas há empresas que praticam uma remuneração mais próxima do patamar nacional, e quando estas abrem oportunidades, elas atraem um volume de mais de cem candidatos para uma única vaga, incluindo profissionais em busca de novos desafios e profissionais em transição de carreira. A oferta de capacitações e o interesse de rápida ascensão pelos profissionais, gera uma concorrência elevada. O inglês em nível avançado e pós-graduação passam na maioria das vezes de requisitos desejáveis à essenciais.

Observa-se que empresas de pequeno e médio porte situadas em Porto Alegre e arredores são as que oferecem uma remuneração mais afastada da média nacional, e o tempo médio de permanência de um profissional sênior é de até dois anos. Profissionais sêniors em transição de carreira levam em média de nove meses à um ano para se recolocarem com remuneração igual ou com decréscimo de até trinta por cento em relação à sua última vivência. Ultimamente tornaram-se comuns situações onde algumas empresas que buscam por um cargo gerencial, mas oneram como se fosse para um cargo analítico, pela falta de interesse de profissionais capacitados e experientes, acabam buscando profissionais com conhecimentos ainda incipientes na área e na gestão. O despreparo de profissionais tem um custo elevado e impacta diretamente no resultado do negócio.

Cabe as empresas, antes de escolher um profissional estratégico refletir em cima de suas expectativas e seu orçamento, atrair um profissional capacitado técnica e comportamentalmente é um investimento que terá reflexos na qualidade da gestão e potencialização dos resultados da organização e não um custo perdido.

Thais Fátima L Oliveira
Enviado por Thais Fátima L Oliveira em 26/02/2014
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