MINHA ESTREIA NA FENEARTE FOI COM O PÉ DIREITO!

Pela primeira vez, eu tive a felicidade de ser um dos cordelistas com folhetos expostos no estande da UNICORDEL (União dos Cordelistas de Pernambuco), na FENEARTE (Feira Nacional de Negócios do Artesanato), grandioso evento do artesanato em Pernambuco.

Durante os dez dias do evento, de 03 a 12 de julho, todos os dias, eu estive lá ajudando os poetas Altair Leal e Cícero Lins, e à nossa amiga Laís, filha do poeta José Honório, na organização e venda dos produtos expostos pela UNICORDEL.

Acompanhando esse trabalho, percebi que os cordéis mais vendidos eram os que tinham como título os times pernambucanos (Santa Cruz, Sport e Náutico), Seu Lunga e Michael Jackson. Eu não tinha nenhum cordel com esses temas, mas no sexto dia do evento, escutei uma discussão entre os poetas Altair e Cícero, sobre a possibilidade de alguém escrever um cordel com o título, “O Encontro de Michael Jackson com o Menino Jesus”.

Com esse título, criado pelo poeta Altair Leal, aproveitei a deixa e na mesma noite comecei a escrever. No dia seguinte, à tarde, meu folheto já estava exposto no estande da Unicordel. Para mim foram duas experiências maravilhosas. A primeira foi a de participar da FENEARTE, e a segunda, foi produzir um cordel em menos de vinte e quatro horas, tendo apenas o título, sem saber o que iria escrever. Eu tive que dar asas à imaginação.

O Presidente da Unicordel, poeta José Honório, descreveu assim a produção de cordéis a respeito de Michael Jackson: “Mantendo a tradição de versar sobre acontecimentos de repercussão popular, os cordelistas não perderam tempo, e desde que foi anunciada a morte do cantor americano Michael Jackson, ocorrida no dia 25 de junho passado, inúmeros folhetos de cordel foram publicados tendo o astro internacional como tema. Alguns mais focados no episódio em si, cumprindo a função de jornalismo popular. Outros, “pegaram na deixa” e, partindo do fato histórico, deram asas à imaginação e exploraram outra vertente tão cara ao cordel, a da fantasia. Tanto uma quanto outra forma de poetizar esse tema, como já era de se esperar, teve grande aceitação do povo. O movimento no estande da Unicordel na Fenearte comprovou isto”.

O melhor de tudo, para minha realização como cordelista, foi o resultado das vendas, pois entre mais de cinquenta autores, tendo mais de quatrocentos títulos, eu fiquei em quinto lugar na venda de cordéis nessa Feira de Artesanato. Como estreante acho que me saí muito bem, principalmente porque “O Encontro de Michael Jackson com o Menino Jesus” só foi vendido durante quatro dias, enquanto outros cordéis sobre esse tema, foram vendidos durante os dez dias da feira.

Os campeões de vendas de folhetos de cordel, nessa X Fenearte foram: 1º lugar, Cícero Lins; 2º lugar, Altair Leal; 3º lugar, Adelmo Vasconcelos; 4º lugar, Marcelo Soares e 5º lugar, Ismael Gaião.

O segundo cordel de minha autoria mais vendido foi “No Nordeste é diferente, é assim que a gente fala”, do qual, vendi oitenta e quatro exemplares. Do folheto “O Encontro de Michael Jackson com o Menino Jesus”, eu vendi cento e setenta e dois exemplares. Como disse o meu amigo, poeta José Honório, foi uma ótima estreia.