As Lições do Dragão Chinês

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Existe uma ordem no universo que funciona independente. Deus não quer que ninguém adoeça ou morra ou muitas outras coisas. Há um livre arbítrio, e considerar tudo culpa de Deus é coisa de covardes que se isentam da responsabilidade de lutar por suas próprias vidas, quando não tem ninguém mais para culpar por não ter feito nada por si e pelos outros. Vegetam tanto que nem sentem mais nada diante dos maiores horrores, como se seu sangue já tivesse sido contaminado pelo absurdo que passam a considerar normal.

E peca-se por omissão. A apatia das pessoas diante das violências, encaixadas no conceito de normalidade, acaba alimentando o sentimento de impotência que as transforma em vegetais que caminham pelas ruas, perdendo, gratadativamente, a clorofila necessária para dar a volta por cima, não sendo capazes de alimentar-se da fé que acabam perdendo ou dela serem alimento de outros, nem de ser instrumento de mudança, acabando por apodrecer de uma forma que talvez não sirva nem de fertilizante ao solo que a recebe. A pessoa perde a motivação para viver e acaba sentindo-se uma morta-viva.

Na China, existe um passeio onde os bebês das meninas recém-nascidas são colocadas para morrer ou serem levadas. O governo chinês manda recolher as que sobram e coloca-as numa creche com a boca tampada com fita adesiva para que possam morrer de fome e seus choros não serem ouvidos. Há alguns anos atrás, o trem-bala da China, maior orgulho e símbolo do país, sem explicação encontrada ou defeito, descarrilhou e caiu em cima desse passeio, chamando a atenção do mundo para esta monstruosidade, praticamente desapercebida até então, um verdadeiro assassinato ao ar livre. Até hoje não há uma explicação plausível para o acidente.

Para quem não acredita, Deus existe, mas como é espírito, não ocupa um corpo que você possa ver ou tocar. Não seria o dedo de Deus? Não invalidando o livre arbítrio de cada um, Deus interfere quando as coisas chegam num limite tão insuportável que o clamor dos inocentes chega até os céus.

Como se não bastasse, na China, o trabalho escravo é comum, com cárcere no próprio local de trabalho, para o que o governo fecha os olhos, praticamente sem punição. Os salários da maioria empregados - não escravizados - são baixíssimos além do horário de trabalho ser demasiadamente extenso. A questão da velhice não é vista com preocupação no sentido de ganho suficiente para um sustento digno após de uma vida toda de trabalho. As pessoas que são pobres e envelhecem, não tendo filhos que os sustentem, morrem sem nenhuma assistência. Para quem não paga um salário decente, é fácil ter os preços mais competitivos do mercado mundial, levando a indústria e o comércio dos demais países quase a falência, aumentando o nível de desemprego nos países em que o trato com o empregado e o salário são mais humanos.

Esses crimes do governo e dos “donos” da China são contra a Humanidade e contra Deus, causando imensa dor à sua própria população, sua primeira vítima, que trata com desumanidade, e escandalizam ao resto do mundo. Onde está a ONU? Onde estão as embaixadas dos outros países? Onde está a igreja que não se pronuncia? Onde estão os ativistas culturais, com ênfase nos poetas, que com seus textos, calam fundo no coração de cada ser humano? Vamos todos protestar contra essa infâmia.

Que nossa bandeira sempre seja a favor do amor, da paz e de motivos nobres. Tal como falar deles, combater o que impede que o mundo possa te-los é nossa obrigação.

<b>Atenção! Os fatos anunciam. Parece que agora estão de olho é na mão-de-obra africana e no potencial comercial do Brasil. Tomemos cuidado!</b>

Ana da Cruz. Lições do Dragão Chinês.