O TERMÔMETRO - REFLEXÕES SOBRE NIBIRU
Bom dia a todos!
Entramos na segunda quinzena do mes de outubro e é oportuna a fase para reflexões a respeito do período em que vivemos, período este que se celebrizou pelas previsões relacionadas à influência da suposta aproximação do Planeta X, ou Nibiru, ou ainda Planeta Chupão como é conhecido em alguns meios espiritualistas.
Ainda ontem o noticiário nos exibiu a notícia bárbara de um falso profeta que, a exemplo de outros acontecimentos infelizes do passado, confinou cerca de cem pessoas numa casa, colocando-as todas à espera de um fim do mundo - que, feliz e como era de se prever, não aconteceu! A celeuma foi cinematográfica, com imagens de policiamento maciço cercando o lugar para libertar aqueles que eram considerados a conta de reféns inocentes da lastimável espécie de paranóia que volta e meia assola o mundo íntimo de um ou outro, seja por ignorância, seja por fanatismo religioso. Não importa o fator determinante: quando faltam no indivíduo o bom senso, a capacidade de raciocínio como aliados importantes do discernimento e da emoção emprestada àquilo em que se crê ou se defende, o resultado não há de ser bom.
Analisemos, portanto, a questão no que se relaciona a um tema que abordo de modo recorrente, acompanhando o curso dos acontecimentos quando o assunto se prende ao planeta Nibiru e às profecias Maia. Não por ousar afirmar categoricamente o que quer que seja, o que foge ao escopo de minha capacidade - e deveria fugir à de qualquer um que, longe de aparelhamento adequado de análise astronômica, ou pelo menos de dados confiáveis, de ordem material ou extrassensória, se aventure por este intrincado dilema. Mas por manter fidelidade a uma linha de questionamento que sempre devotei ao tema, em razão do que mesmo reafirmo que não me cabe desacreditar precipitadamente quaisquer detalhes a isso relacionados, por respeito a determinadas informações que considerei sérias, ou pelo menos dignas de consideração nos últimos tempos, como a palestra do escritor André Luiz Ruiz; mas também por vivências de ordem mediúnica que me desautorizam a afirmar categoricamente que Nibiru não existe. Prefiro, antes, questionar o modo de sua percepção e intensidade de influência na Terra.
Há uma parafernália já exasperante na web, hoje num crescendo dado o ano-chave no qual nos achamos, de imagens - falsas em sua maioria, é bem possível - de sites, artigos, análises mais ou menos sérias ou dignas de respeito. Brincadeiras, ironias ridículas, enfim, uma bagunça que mesmo ao mais paciente pesquisador acabará por esgotar a paciência, levando-o a, enfim, adotar a conduta mais sensata: abandonar a especulação aleatória do assunto, e mergulhar na observação prática, simples, ou mesmo intuitiva, dos fatos do cotidiano.
É a propósito desta última atitude, que há algum tempo já adoto, e que se coaduna com a observância do uso sadio da razão aconselhada pelo próprio Allan Kardec, que se deve o presente artigo, intitulado O Termômetro. Afinal, a fase do ano a que chegamos justifica uma análise renovada. Estamos em outubro de 2012; e o que a todos nós é dado observar? Conveniente que, mesmo hipoteticamente, nos posicionemos de uma ótica de cima.
Com base no noticiário diário, se pudéssemos observar o planeta no intervalo de um mes, constataríamos que prossegue a incidência acentuada de desmandos climáticos: enchentes na Inglaterra, amplitudes térmicas em locais do Brasil como o Rio de Janeiro que, mais do que desorientar nossa compreensão do clima, com base na indefinição gritante de estações do ano a esta altura, nos desarranjam a estabilidade física, e mesmo o humor, de forma iniludível. Num intervalo de quinze dias apenas pudemos ver a temperatura cair de 43 graus para vinte graus a menos. E isto perturba metabolismo e equilíbrio orgânico, ocasionando em muitos variações de pressão, dores de cabeça, afora surtos de virose e de moléstias contraídas pela proliferação de bactérias, nas condições adversas de baixa umidade do ar. Incêndios se alastram repetidamente em pontos vários do globo, enquanto nevascas assolam outros lugares, em fatos que muitas vezes se dão fora dos holofotes do noticiário comum, tantos são os eventos acontecendo ao mesmo tempo.
De fato, sob um lançar de olhos de cima num período condensado de tempo, ao observador isento aparentaria estar, o mundo, entrando em colapso definitivo, somando-se a todo este pandemônio ainda as guerras renitentes acontecendo em outros países, os ataques terroristas com dezenas e dezenas de mortes de inocentes, as convulsões sociais na Europa, e tantos eventos mais...
No entanto, caros leitores - e isto é o mais importante, digno de atenção! - nosso planeta, ser vivo colossal, de indescritível magnitude e beleza, prossegue incólume no seu rodopio, a despeito dos desmandos inconscientes praticados pelo homem contra a sua digna integridade, ou das possíveis influências pesadas de ordem magnética, densas, deletérias possivelmente sendo neste período desfechadas em cheio contra o seu bojo monumental, dentro do qual permanece o fantástico repertório de Vida do qual desde os primórdios incalculáveis se faz portador!
Dia quatorze de outubro, e, pois, prosseguimos todos aqui: incólumes, uns, muitos outros sendo atingidos pelos revezes climáticos ríspidos acontecendo simultaneamente em caráter setorizado do orbe. Mas, prosseguindo todos. Mesmo depois do aludido período crítico, no mês de setembro, durante o qual estudiosos alertaram se ver, Nibiru, saindo do seu posicionamento de detrás do sol, para incidir de modo direto e deletério sua maior influência sobre a Terra.
Oportuno que comecemos a planejar nosso próximo 2013, com os pensamentos e sentimentos voltados sempre para o melhor!