Ser e Estar: sobre a reformulação dos conceitos.

Coisa complexa é essa história de ser humano. Mais complicado ainda é o lance da linguagem que o homem usa para se comunicar... No Inglês, ser e estar são representados pelo mesmo verbo, mas no fundo, o significado de ambos são bastante diferentes.

Ser é ser, é algo perene, contínuo, substancial. Estar, é bem diferente. Estar é estar, é não ser, mas estar. Aponta o momento presente, mas não se compromete com o contínuo e nem faz conta do passado. É muito sutil a confusão de tais termos. Na verdade, toda confusão é perigosa. Implica conflito, violência. Mas outorgar ao ser o estar... Sei não, mas não acho uma boa idéia.

Não vale a pena rotular as pessoas com expressões do tipo "você é assim" ou "você é assado". Ninguém é e, se somos, não há linguagem que possa expressar a nossa verdadeira essência. É algo espiritual, profundo demais para ser expressado. Não somos círculo fechado e todos nos encontramos num ciclo evolutivo,de aprendizagem. Na verdade, o correto seria dizer "você, no agora, se mostra assim" ou "você está assim".

Não somos camaleões, mas permitimo-nos a todo instante a reformulação de conceitos e posturas. Só isto já nos faz mudados, novos e aperfeiçoados. Que ninguém ouse nos prever. Será extrema falta de inteligência. Façamos a nossa parte. Abramos a janela da nossa alma, tiremos o mofo de nossa situação existencial e alcemos vôos longínquos, acreditando que fomos criados para viver da melhor forma a proposta de realização humana.

Chega de medo! O momento é agora! Sejamos nós mesmos, façamos o novo, tracemos novos caminhos, falemos novas línguas, dancemos novas músicas. Iremos nos auto-surpreender, afinal de contas, isto sempre esteve ao nosso alcance. Se ainda não o fizemos, o problema é todo nosso.