E por não ter a ti, que tanto busco,
Renasces a cada aurora,
Quando o dia desperta em meu olhar
E surges entre lembranças e doces recordações...
Em torno da tua ausência
Flagra-me a poesia, em palavras tantas
No impacto do silêncio revelando anseios.
Contempla-me o infinito, o mistério do azul,
Enquanto a manhã se dispersa
Deixando em mim as marcas de tua ausência...
É sempre teu o olhar que me mira do horizonte
A dizer-me da ternura, do encanto febril
Quando me perco nos meandros
Desse universo em que posse e entrega
São os labirintos em que busco meu caminhar
São teus os passos dos meus segredos
Sempre que te materializo em pensamento
E te desnudas para os meus sonhos...
Enrubesce o dia em ardor pueril,
E enquanto a manhã reclina-se nos braços do sol,
Beijando-o umedecida pelo orvalho da noite,
Abraça-me o teu toque desejado
Enquanto me dispo à saudade das tuas carícias...
E à luz desta luminosa manhã,
Torna-se claro o meu destino,
O deambular do olhar ardente,
Porque todo e qualquer caminho conduz-me a ti...
É nítido o desdobrar da emoção
Quando minhas mãos imaginam-se entre as tuas
Confessam o silêncio de todas as minhas esperas
E no vazio, na solidão de distâncias infinitas
Alvorecem este amor para a eternidade de todos os dias...
E é por sempre te inventar, que sempre mais te amo...
J.B. Xavier & Fernanda Guimarães