Aos poucos me descrevo, não me conheço plenamente, não sei quais são os meus limites. Sou indecifrável aos olhos dos outros e irreconhecível aos meus. Já superei coisas das quais pedi à Deus que nunca passasse, já fui forte quando achei que iria desmoronar, já caí na gargalhada quando uma lágrima triste saía dos meus olhos. Já deixei para trás pessoas que por toda vida andaram ao meu lado, não as deixei pra trás por ter egoísmo, mas sim porque a vida pediu para que apreçasse meus passos. Não sei ao certo quem sou, mas sem dúvidas, sei bem quem pretendo ser. Se com cada prova, com cada lágrima, com cada sorriso eu ainda não tiver plena certeza de quem eu sou, não haverá problema algum, não poderei voltar ao passado, claro, mas irei fazer tudo de novo e aprender um pouco mais.
