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Sempre fui, sempre sou, só explosão. 
 
Não sei fingir ou esconder sentimentos, independente de sua natureza ou qualidade: reajo! 

Não vou aprender a ser como os outros são ou como esses outros desejam que eu seja porque, lá no fundo do meu coração, sou só coração! Coração que bate forte, que pulsa sempre.

Vida é pra ser vivida no tudo ou nada! 
 
E entre o tudo e o nada eu escolho tudo.
 
E escolho agora! Pra já! Não sei esperar, não me ensinaram isso.
 
Ou fui eu quem não quis aprender? 
 
Não quero freios.

Não gosto de água morna, não gosto de café com leite, não gosto de não cheira e nem fede.
 
Quero ebulição, cafeína pura, e feder se for isso que a ocasião pede. 
 
Sem meio termo, por favor!

Ninguém sente pela metade, ninguém é pela metade, ninguém vive pela metade.
 
Quero o completo! Quero o integral, o ideal, o irreal, e mais ainda se vier. 
 
Sim, eu quero mais!… E mais!

Quero o tudo, busco sempre o demais! 
 
Quero o dedo na ferida, quero feriado em plena segunda-feira, carnaval debaixo de neve (que seja!)
 
Quero rojão, euforia, satisfação no sorriso.  Quero ódio e paixão! Quero o oposto do que parece ser, mesmo que não seja o que pareça, ou seja… Sei lá!… Mas eu quero isso!

Quero fúria, quero raiva, quero arrebatamento! Quero anjos e demônios dançando em sincronia! 
Quero alegria! 
Quero comemorar! 
Quero perder o rumo, perder o tom, achar o tom, perder de novo.
Quero vento no rosto, sem brisa mansa: quero tufão! 
Quero imensidão.

Quero estremecer, quero desatinar, me achar e me perder. 
 
Quero mergulhar de cabeça, quero pular de pára-quedas! Quero voar
 
Quero o arrojado, o inusitado! 
Quero o desregrado sem remendos, sem emendas. 
 
Nada de alegrias tímidas ou sob medida: quero exageros!

Quero cuspir na cara do traidor! 
Quero revigorar! 
Quero o sarcasmo, a ironia desmedida de quem sabe onde pisa; e pisa firme!  
 
Quero teu fim, quero meu começo! Meu recomeço, se for o caso.

Quero amor platônico! Quero suar! 
Quero beijo inteiro, invasor, avassalador! 
Quero o desigual, o diferente.
Quero a língua quente! Quero o gozo, o desmedido! 
 
Quero contentamento, quero deslumbramento! 
 
Quero telepatia.
 
Quero perder o fôlego num êxtase sem fim! 
Quero o frenesi dos desejos realizados, do corpo molhado, largado.
Quero gritar de prazer, pode ser?

Quero o bem ou o mal, açúcar ou sal. 
 
Quero ir além do intermediário e sem intermédios: vou direto, de frente! 
 
Quero cara e coroa também! 
 
Quero cem, quero mil
Quero o galope e o tombo! 
Quero levantar cantando a felicidade de quem não sentiu a queda!
 
 
E ainda quero mais… Muito mais!