Autores

Perfil


 
O autor nasceu na cidade de Esperança - Paraíba, antiga Banabyê, com trinta e um mil habitantes, localizada no agreste do Estado, distante 130 km da Capital João Pessoa, no ano de 1962. Logo no colegial aos 16 anos de idade, começou seu interesse pela poesia. Só vindo dedicar-se com mais ênfase depois de adulto, visto que o mesmo sendo filho de pais pobres teve que trabalhar ainda adolescente para poder se manter. No inicio da década de 1980, dedicou-se a cuidar de seus avós na capital do Estado, onde ficou até o ano de 1985 quando retornou a sua cidade natal aonde vive até a presente data. Batizado com o nome de Carlos Egberto Vital Pereira. Filho de Elpidio Vital Pereira e Amélia Pessoa Pereira, casado com a senhora Andréa Gonçalves Lima Vital (Poetisa), com quem tem dois filhos e uma neta. Egberto Guillermo Lima Vital e Arthur Henrique Lima Vital, pai de sua netinha NICOLY. Sendo o primeiro também poeta. Apresenta-se como um poeta paraibano, amante da boa musica e um ferrenho defensor das causas populares. Adotou como nome artístico NICOLA VITAL. E também já foi radialista junto a Rádio Cidade - Esperança-PB, como ancora do programa COMUNICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. O mesmo ai ao ar todos os dias das 17 às 18 horas. Foi colaborador do tabloide de edição mensal intitulado  NOVO TEMPO, distribuído também na cidade de Esperança.

CONTATO: 0xx - 83 8835-3980,  9362-7996. Paraíba - Brasil.
EMAIL: carlosnicole@bol.com.br

Em 20/06/2015, concorri ao SARAU BRASIL 2015: E fui classificado a participar do livro: ANTOLOGIA POÉTICA DO BRASIL, com o poema AO SAUDOSO CHAPÉU. Seis mil e vinte quatro textos concorreram em todo pais.

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À MINHA FLOR DE AÇUCENA: Minha netinha amada.
(NIcola Vital)
 
Em meu jardim de flores belas
Tem a rosa, gardênia ou jasmim,
Há cravos, violeta tem marcelas,
Bem me quer, cipó rosa tem delfim,
 
Brinco da princesa, quão aquarela,
Traz as cores da beleza do jardim
Que existe na doçura da antera
Dando vida a elas para mim
 
Todas elas de beleza estonteante
Concebidas pela rosa de Saron
Precursor dos jardins itinerantes
 
Nem de longe se reflete na beleza
Da açucena que nasceu só para mim
Minha doce Nicolly, meu jardim.

TÊNUE: Ao meu neto Pedro

Seu peito inocente e frio
Aclama os eflúvios da madrugada.
Chega o frio incessante
Das colinas.
E traz os cheiros brandos
Da floresta adormecida.
E o sabor sútil
Da brisa candida.
Em teu peito frágil
A aplacar o frio.
Nicola Vital


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POEMA EM LINHA RETA: Fernado Pessoa. Identifico-o como um dos melhores de sua obra.

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.


E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.