Sou como fio solto em meio ao vento
lançado, apressado em meio ao tempo
percebo que recebo, o que de mim nunca foi
As vezes sinto o pesar
do que em mim torna-se a passar
procuro me encontrar no olhar
d'Aquele que sempre vem me consolar
Preciso muito me expor, ao labor
contar os sentimentos que podem ser meu furor
o horror que de mim pode crescer
mantendo a esperança de não deixa-lo vencer
Os montes são bem altos para mim
as correntes d'água podem não ter fim
os ventos podem aos meu ouvidos soprar
mais nunca deixei, de em meu Pai acreditar
Tento com palavras descrever
aquilo que só Deus conseguiu ter
o dom da vida me dar
carregar no meu falar
o poderio daquele que breve
vem me buscar.