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Meu verso nasceu com a dor, talvez por isso seja caudaloso e serenamente orvalhado, desnudando uma alma aguerrida em seu amor.

Sempre li e amei poesias e poetas. ANTOLOGIA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE, de Henriqueta Lisboa, da José Olimpio, foi um presente de amor que recebi de meu pai, meu primeiro poeta, ao completar onze anos. Aguardei sua chegada como se aguarda o sol em noite insone. Correio moroso, nos idos de 1967. Mas chegou: uma brochura recheada do melhor dos melhores. E ao lado de meu poeta-pai memorizei O ALBATR0Z, de Baudelaire .

Manuel Bandeira fez 80 anos em 1966 e meu coração ganhou, ainda da José Olimpio, um mimo: ESTRELA DA VIDA INTEIRA – obra completa do meu doce Bardo.
"Eu faço versos como quem chora
De desalento, de desencanto....
Fecha meu livro se por ora
Não tens motivo nenhum de pranto"
Obedeci.

Em março de 1999, o ‘motivo de pranto’ chegou e a poesia se fez menina-moça, quietinha, calma. Mas, com um novo frescor, passado o temporal, minha alma abriu os portões do lirismo e comecei a poetar – aos 44 anos.

Quando o outono de 2005 se despedia de mim, deixando-me absurdamente saudosa, conheci Maytê, a maga dos escitores virtuais, dividi com ela ‘meus meninos’, participei de Especiais em seu site e ganhei um afeto. E uma baiana de Vitória da Conquista, nascida em 7 de junho de 1956, teóloga, professora e mãe entrega ‘suas crias de alma’ aos internáuticos olhos ávidos de lirismo e sonho.

Enquanto percorria meu país vivendo um ideal ao lado de um amor, semeei alegria, esperança, fé, cantei HOSANAS, sequei lágrimas, fiz duetos em sorrisos. Enterrei um amor... Não me esqueci de ver o sol se pôr... Acolhi amigos... Plantei rosas e videiras... E mantenho meu coração em festa!

O que posso dizer mais? Leia meu coração e descubra minhas verdades. Voe comigo. Sobrevoe meus sonhos, amores, dores e risos e pouse... e repouse sempre que se sentir exaurido. Você me deu permissão de invadir seu Jardim com minhas flores e minha brisa - agora, somos um.