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Deus e o diabo, sentados à mesa do destino, escolhiam no livro da verdade aqueles que iriam desta para a melhor. Ou pior, quem sabe! O Criador observava os nomes com carinho, enquanto o capeta esfregava as mãos, com um riso maléfico.
- Quem é este sujeito – perguntou lúcifer.
- Este? – disse Deus, apontando um nome.
- É, dê o currículo! Dê o currículo! Vamos decidir se é agora, ou não, que ele vem ao nosso encontro.
- Bem, ele nasceu no dia 29 de outubro de 43, na cidade de General Câmara. Trabalha no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, há 40 anos. Foi Diretor Geral do Hospital Sanatório Partenon até aposentar-se. Tem alguns prêmios literários. Entre eles, o Troféu Pandorga, pelo livro infantil "A GUERRA DAS LETRAS" de autor gaúcho mais vendido nas 48º Feira do Livro. Em 2004, na 50º feira, este livro ficou entre os 8 mais vendidos na área infantil e o mais comprado entre os autores gaúchos. Guerra das Letras está em terceira edição. Foi vencedor, também, nas 49º, 51º, 52º e 53º Feira do Livro, do Prêmio Habitasul com os textos O Monstro da Internet e Cachorros Urbanos, com vários autores, conto iniciado e terminado por Luis Fernando Veríssimo; Maniqueísmo, escrito juntamente com o jornalista Cardoso Czarnobai (facilitador), Fábio Henkel. Carla Gasparini e Pedro Gonzaga; Velha Guarda e Sala Porto-Alegrês, Em 1991, na 5ª Bienal Nacional Nestlé de Literatura Brasileira, o texto Três Amigos Campereando, categoria Infanto-Juvenil, foi classificado entre os 12 melhores. No Concurso Literário Nacional da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1998, o conto O Rei, obteve o 1° lugar. No ano de 1999, no Concurso Nacional de Efemérides Nelson Fachinelli de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o conto O Aniversariante, obteve o 1° lugar. O conto Um Triste Natal Moderno obteve o 3° lugar. Nos anos de 2002, 2003, 2005 e 2008 foi tetra-campeão no Concurso Histórias do Trabalho da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, com os textos O Primeiro Salário e as Duas Promessas, Descobrindo os Caminhos da Profissão, Os Neo-revolucionários e o Cartoon Capital e Trabalho. O livro O Toquinho de Lápis, obra lindaça, que mostra às crianças que todos somos importantes, por menor que sejamos, foi o mais vendido na Banca da Editora Alcance, na 50º Feira do Livro de Porto Alegre. Em 2006 participou e venceu o Concurso "Poemas nos Ônibus" da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, com o poema Ex-Pirata, que já circula nos ônibus de Porto Alegre e Tremsurb. Em 2008 repetiu o Prêmio Concurso Poema no Ônibus, com o poema Passageiro Amor, que brevemente estrá percorrendo as cidades nos ônibus e Tremsurb. Vale a pena lembrar, viu, seu capeta, que o livro Gremista Gozam Colorados e Colorados Gozam Gremistas ficou, segundo a Câmara do Livro de Porto Alegre, em quarto lugar, na listagem dos livros mais vendidos, na categoria não ficção. Ah! Ia esquecendo: ele foi finalista no 9º Concurso Talentos da Maturidade do Banco Real, categoria literatura, com o texto "Inferno de Dante".
- E daí? Grande coisa! Grande África! – disse o demônio.
- Mas o livro premiado foi conseguido graças ao corpo-a-corpo com os leitores, pois, mesmo sendo infantil, somente estava em uma Banca na área para adultos. E mesmo assim foi o mais comprado.
Enquanto Deus falava, o diabo, preocupado com as maldades, nem olhava para o Criador. No entanto, Ele estava satisfeito com o passado da provável vitima.
- Qual a profissão dele?
- É enfermeiro, diplomado pela Escola de Enfermagem da UFRGS; tem Licenciatura Plena, pela Faculdade São Judas Tadeu e Administração Hospitalar, pela Faculdade Porto Alegrense. Fez o curso secundário nos Colégios João Canabarro, Ginásio Vasconcelos Jardim, de General Câmara, Escola Técnica Parobé e Padre Reus, de Porto Alegre.
- Como é o dito-cujo como pessoa?
- Está escrito aqui que as pessoas gostam deles, principalmente as crianças.
- Não adianta, este sujeito vai dançar! – falou o diabo, olhando de esguelha.
Foi aí que Deus, fulo da vida, ralhou com o capeta.
- Escuta aqui, tchê! Vou falar uma só vez. Vou dar uma só razão para deixar o vivente em paz. Ele ainda tem muitos textos a publicar e eu quero dar chances a ele.
O capeta, que não era bobo e temia a Deus, pois sabia que Ele era mais poderoso, retirou-se acanhado. Ao passar por um anjo, perguntou:
- Afinal, quem é este cara que Ele tanto se interessa?
E o anjo, com cara de quem aprovava as decisões do Senhor, mandou às favas sua imparcialidade e respondeu:
- ALCIR NICOLAU PEREIRA, índio macanudo! Barbaridade!