FRANKLIN TÁVORA
Nascido no Ceará em 1842, faleceu em 1888. Em 1863 foi bacharel em Direto e exerceu diversos cargos, como deputado provincial, funcionário público e advogado. Em 1873 fez uma breve passagem pelo Pará, onde trabalhou como secretário do Governo da Província deste estado. No ano seguinte, mudou-se ara o Rio de Janeiro, sendo oficial da Secretaria do Império e colaborador na Revista Brasileira nos anos de 1879 a 1881.
Foi membro do Instituto Geográfico e Arqueológico de Pernambuco e também do Instituto Geográfico do Brasil.
Observador dos costumes nortistas, Franklin Távora cuidava habilmente de suas obras, e iniciou a idéia de fazer destas peculiaridades regionais a nota distintiva da literatura do Nordeste, provendo àquela terra os seus primeiros romances de caráter regionalista.
Laboriosamente, explorou diversas províncias literárias; manifestando-se romancista, dramaturgo, jornalista e crítico.
Começou a escrever em 1861, com o conto Trindade maldita.
São os seus romances: Os índios do Jaguaribe (1862); A casa de palha (1866); Um casamento no arrabalde (1869); O Cabeleira (1876); O matuto (1878); Lourenço (1878); Lendas e tradições do norte (1878) e O sacrifício (1879).
Seus dramas: Um mistério de família (1862) e Três lágrimas (1870). Entre seus trabalhos críticos estão: Cartas de Semprônio a Cincinato (1871) – sobre produções literários de José de Alencar, a quem se opunha devido à sua literatura do sul considerada cheia de estrangeirismos e antinacionalismo – e um prefácio do Diário de Lázaro, de Nicolau Fagundes Varela.
Há pouco o que dizer sobre este nosso escritor romancista que brilhou na sua época; mas que nunca nos esqueçamos de reverenciá-lo nas datas importantes, como em seu aniversário e morte.
Franklin Távora amou suas raízes, conservou seus costumes e fez questão de levar o que ele achava de mais importante da cultura e da tradição do seu povo; numa época onde tudo era sacrifício e luta de um povo sofrido, desbravador e curtido pelo sol: Nordestinos – Ceará.
Por Lídia Albuquerque