AS MUSAS INSPIRADORAS DOS POETAS

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Notas Biograficas

 

As musas são figuras mitológicas, deusas irmãs inspiradoras da criação artística. Inicialmente, eram as inspiradoras dos poetas. Na literatura, por exemplo, inspiradoras da poesia e dos poetas. Daí, serem eles (os poetas) quem mais as citaram em seus poemas. Mais tarde sua influência se estendeu a todas as artes e ciência.

Na Grécia, eram nove as musas; todas filhas de Mnemosine (Memória) e Zeus (Júpiter). As musas tinham a incumbência de perpetuar vitórias e glórias do Olimpo; por isso cantavam o presente, o passado e o futuro, acompanhadas pela lira de Apolo, para o prazer das divindades gregas. As musas também tinham a seu encargo, cada uma separadamente, um ramo especial da literatura, da ciência e das artes. Atenas consagrou-lhes um templo o Museion (que deu origem à palavra museu); e Roma muitos templos. Estátuas das musas eram muito usadas em decoração. Os escultores representavam-nas sempre com algum objeto, como a lira ou o pergaminho.

Apesar das Musas terem se consagrado como o ente que inspira o poeta, nos tempos modernos, muitas vezes, elas são confundidas com a amada do poeta. No arcadismo e no Romantismo, os poetas sempre invocaram as musas, não mais numa atitude de pedir proteção, mas como recurso literário.

Segundo Hesíodo as musas são em número de nove, a saber:

 Calíope (musa da eloquência e do poema épico) – a mais velha das musas; representada pelos escultores com ar majestoso, ornada de grinaldas e fronte cingida de uma coroa de ouro; com uma mão segura uma trombeta e com a outra, um pergaminho contendo um poema épico.

 Clio (musa da História) – representada pelos escultores coroada de louros, tendo na mão direita uma trombeta e na esquerda um livro intitulado Tucídide (historiador grego, autor de A Guerra do Peloponeso). Descansa sobre o globo terrestre para mostrar que a história alcança todos os lugares e todas as épocas.

 Érato (musa da poesia lírica) - tinha por símbolo a flauta, sua invenção. Representada coroada de flores, tocando a flauta. Ao seu lado estão papéis de música, oboés e outros instrumentos. Essa imagem simbolizava o quanto as letras encantam àqueles que as cultivam.

 Tália (musa da comédia) - vestia-se com uma máscara cômica e portava ramos de hera.

 Melpômene (musa da tragédia) - ricamente vestida, usa máscara trágica, folhas de videira e coturnos. O seu aspecto é sempre grave e sério. Unida com Aquelôo, teve as Sereias.

 Terpsícore (musa da dança) - regia também o canto coral. Representada pelos escultores coroada de grinaldas, tocando uma lira, ao som da qual dirige a cadência dos seus passos.

 Euterpe (musa do verso erótico e da música) - coroada de mirto e rosas, a jovem musa segura na mão direita uma lira e na esquerda um arco. Ao seu lado está um pequeno cupido que lhe beija os pés.

 Polímnia (musa da retórica) - vestida de branco e de véu, apresenta-se em atitude pensativa, meditativa.

 Urânia (a musa da astronomia) – era a entidade a que os astrônomos e/ou astrólogos pediam inspiração. Vestida de azul-celeste e coroada de estrelas, segura um compasso e um globo celeste. Unindo-se à Apolo, teve Orfeu, Lino e Himeneu.

Na mitologia greco-romana existem outros grupos de musas, de cunho mais regional, como o das musas Méleta, da meditação; Mnema, da memória; e Aede, protetora do canto e da música.

Platão, certa vez escreveu: "Dizem que há nove musas, que falta de memória! Esqueceram a décima, Safo de Lesbos." ®Sérgio.

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Ajudou na composição do texto: Portal Graecia Antiqua. Disponível em:

http://greciantiga.org/lit/lit03b.asp. /

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Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre.

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 04/10/2010
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T2536490
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