Um pouco de mim

Muitas vezes pessoas me perguntam sobre o que eu escrevo. De onde eu tiro os textos, ou qual é a minha religião. Outras me perguntam se eu faço realmente os exercícios que proponho em meus textos ou se o que escrevo representa de fato o que penso e sinto.

É natural que me perguntem estas coisas, por que eu falo sobre assuntos que mexem com a dinâmica da vida de cada uma. Força o exercício do pensamento e leva a quererem sentir o mundo de uma forma diferente da que estão acostumados a sentir.

Digo, no entanto, que tudo o que escrevo faz parte de minha vida, pois ela é o meu exercício diário. Sei que o que vejo não é da forma como vejo, por isso me mantenho sempre aberto à percepção para poder entrar mais profundamente no cerne do universo que me rodeia, em busca da essência de minha existência. Sei que tenho uma missão no mundo, como todos nós individualmente temos, e quero cumpri-la o mais possível dentro daquilo que é esperado pelo plano Diretor do Universo em Deus Nosso Senhor. O mundo não é como se nos apresenta. O que vemos é apenas uma ilusão.

A nossa responsabilidade em relação à vida é bem maior do que o que pensamos. É fácil fecharmos os olhos para o mundo e dizer que nada estamos vendo, mas a verdade é que o mundo está dentro de nós assim como nós estamos dentro do mundo e vivemos neste sistema simbiótico de uma forma tão íntima que mal conseguimos diferenciar aonde começamos e terminamos.

Nós não percebemos a existência dos laços energéticos que nos ligam uns aos outros, bem como não temos consciência de que os nossos pensamentos interagem uns com os outros e formam aglutinações materiais, que constroem o mundo em que vivemos.

O nosso mundo não é resultado apenas dos nossos pensamentos e sentimentos individuais. É na verdade a formação de uma mente única que a tudo engloba e à qual nós todos fazemos parte. O que pensamos comumente é apenas uma repetição da vontade desta mente coletiva. Só passamos a ter pensamentos próprios quando desenvolvemos em nós a consciência e o poder de nossa alma.

Para desenvolvermos esta capacidade, precisamos primeiramente aprender a trabalhar o silêncio dentro de nós. Quando aprendemos a manter a nossa mente em silêncio, ela fica aberta ao conhecimento eterno do Universo e se expande. Aí sim, podemos nos dar ao sabor do verdadeiro pensar.