Não sou um homem recluso

Muitos podem pensar que eu sou um homem recluso, apartado do mundo. Tal porém não se dá na realidade, pois sou uma alma que vibra com a vida intensamente! Gosto da dança, como a borboleta gosta da luz. Emociono-me a cada instante, como uma criança que abre os olhos para o mundo pela primeira vez, mas me resguardo como um velho marinheiro acostumado aos embates dos mares nos dias a dias de suas velhas canções.

Gosto da poesia, porque ela é compacta, tange a loucura, a emoção e a brandura ao mesmo tempo, traduzindo de uma forma sucinta, sem ser limitada, todo o pensamento, todo o sentimento do poeta.

O artista deseja mais que reconhecimento, deseja transmitir ao coração do expectador a emoção que lhe transborda a alma, para que como um adivinho, possa perceber o destino de sua arte dentro daquele vibra ao ouvir, ler ou sentir o seu trabalho.

Escrevo como uma religião, uma forma profunda e bem minha de agradecer a Deus, por todo o carinho que tem me dedicado nesta vida. Não porque eu tenha tudo materialmente, mas por Ele ter colocado no meu caminho, pessoas, escritos e situações que me fizeram aprender, que o verdadeiro sentido da vida transcende a tudo o que pensamos. Está muito mais além.

Poucos me conhecem verdadeiramente, e estes poucos sabem que eu sempre surpreendo, por que estou sempre pronto para agir. Não tenho no mundo nada que acredite ser meu, tudo é Dele. TUDO, até mesmo este corpo que virará pó um dia. Aquilo, porém que apreendi, ficará comigo e me auxiliará muito na minha vida infinita e verdadeira.

Faço da oração uma filosofia e uma forma de vida, pois acredito que os meus pensamentos me iludem e me impedem de ver a Verdade que eu busco em cada canto e recanto da vida.