QUEM COME O FÍGADO DO BRASIL

Um pais onde os jóvens são forçados a fugir da carreira empresarial e obrigados a buscar avidamente um emprego público. Tudo indica que tal pais viverá eternamente "raspando o tatu com o facão". O que no linguajar caboclo equivale a dizer: fazendo alguma coisa, que em termos macroeconômicos não nos levará a lugar algum.

Para a juventude suas encruzilhadas opcionais são nebulosas. aqui as pessoas vocacionadas para o ramo empresarial vivem pressionadas por escorchantes taxas de juros, e políticas completamente avessas às que vivem os paises do primeiro mundo.

O pior de tudo é que o Brasil, a nível intestino, vive numa verdadeira ausência de sintonia classial.Evidentemente que quando dizemos que há uma ausência de sintonia classial, estamos utilizando um grande eufemismo. Na realidade achamos que existem classes parasitárias que fomentam uma conjuntura geradora da inviabilidade empresarial. Tais classes não geram sozinha a inviabilidade emprezarial. Mas que elas contribuem com um largo percentual, isso sim é verdade irrefutável.

- E por que fazem isto?

- Só pode ser para ter mais pessoas dependentes de favores eleitorais, e gente que não tem vergonha, ou que foi pressionada pela extrema miséria, a utilizar seu título de eleitor como se fosse um cartão de crédito.A população de um país que precisa concentrar suas expectativas de realisação profissional apenas no emprego público, com certeza é um país de economia autofágica, ou seja, um país que se parece com uma pessoa que está de jejum, portanto vivendo apenas de suas reservas; um dia essas reservas acabam e ela morre.

O Brasil é um país que ainda está imagrecendo. Muito mais devagar mas ainda não conseguiu livrar-se de suas viscerais deficiências. Mesmo a agricultura que aparentemente está alavancando o progresso nacional, vive uma situação deletéria, num visível clima de autodestrição. É horrível constatar o quanto se dão mais bem os que vivem da pátria, em oposição aos apertos dos que vivem para servir a pátria.