QUIABO DURO E A VACA ATOLADA

Um passeio de domingo em Santo Antonio de Goiás, vulgo Quiabo duro, um lugarejo pequenino, pacato, com pouco mais de 5.000 habitantes, aqui no Goiás, como dizem os Goianos.

QUIABO DURO, dista uns 10 Kms. da famosa cidade Nova Veneza, Go, e uns 30 kms saindo de Goiânia e lá ninguém se importa com essa referencia, pois Nova Veneza é a vedete, uma espécie de chão italiano aqui na terra do pequi e da guariroba. Certa vez me disseram se você quiser se tornar um Goaiano do pé rachado, não fale mais esse palavrão, diga “Gueroba”. João Bosco Mucci, teria dito certa vez em entrevista no Canecão no RJ que era nascido numa cidadezinha perto de Ouro Preto em MG (Ponte Nova) e quase que ele nunca mais passaria pela porteira da cidade. Rsss. Mas em Quiabo Duro, tem disso não, afinal Nova Veneza é muito mais importante no contexto geral que Ouro Preto em MG e afinal lá, o meu passaporte chama-se “Tistinha Ceró” um amigo meu de longa data, aqui na capital.Rsss

Mas, deixemos esse nome fora da prosa, porque isso é outro assunto.

Mas... voltando a falar de Quiabo Duro, não há quem diga que essa é uma afirmação com intenções pejorativas. O nome oficial do Município é Santo Antonio de Goiás e a igreja matriz de lá tem um Padre italiano muito simpático e querido pela comunidade local. O Padre José (nascido Giuseppe), no velho continente, em nossa querida Itália de nossos avós e bisavós. A gente quase não entende nada do que ele fala. Não sei se é de propósito ou acidente, pois todo padre é “poligrota” e nunca sabe em que língua deve falar.

Mas a historia que vou contar, resume-se no seguinte:

Ele (o Padre) é realmente um ser humano de valor, muito carismático, mas eu preciso saber a quem denunciar a situação dele, nessa pequena localidade onde a comunidade católica o adotou como churrasqueiro oficial. Rsss

O pobre Padre, costuma ser convocado para três trabalhos em um único dia, na cidade, mesmo que seja num domingo. Ele confidenciou-me já ter apelado para o código de amparo a padres na terceira idade, mas não adiantou nada, porque eles ameaçaram o "pobre" pastor de ovelhas que exibiriam a arquidiocese, fotos dele tomando cerveja da BOA. Eu digo a vocês, eu estive lá e presenciei a "exploração" do meu novo amigo Giuseppe e digo em sua defesa: Ele não toma cerveja da BOA, ele toma a Skol bem geladinha, que nem nós. Fiquei triste quando perguntei a ele se conhecia minha terra natal Ponte Nova e ele gesticulou negativamente, mas quando eu me referi a arquidiocese de Mariana e a cidade de Ouro Preto, ele então disse que já sabia como localizar. Eu pessoalmente, acho que entre os dois Padres chamados José que conheço, o de “blue eyes” é bem mais recatado. E fico por aqui.

Viram só que bobagem, quase mataram o João Bosco Mucci por causa daquela distração e afinal ele tinha razão. Roberto Carlos quase não pôde voltar à Goiânia, porque disseram que ele teria dito, que "Goiânia é uma fazenda asfaltada" e ficava perto de Catalão, ora, ora que bobagem, todos nós sabemos que isso é uma mentira deslavada e uma brincadeira carinhosa do "Rei", afinal por aqui de vez em quando passeando pelas largas avenidas a gente pode se deparar apenas com umas chacarazinhas no meio do caminho, só isso e Catalão fica a uns 260 kms. daqui. Tem também uns bois, algumas vacas, que ficam olhando pra gente espantados e tem também umas garagens de ônibus, vá lá uns depósitos de materiais de construção e lojas de móveis, invadindo quadras inteiras, interrompendo vias expressas, mas fazendas, aquelas fazendonas, não, de jeito algum. Povo mentiroso.

Mas, o que importa é falar do lugarejo Quiabo Duro. Fui convidado pelo meu amigo Wanderley (Hannover Tecidos) sempre ele, para visitar uns amigos, e foi quando soube da "escravidão" do Frei Giuseppe. Gente boa demais, pequenininho, daqueles que pra atravessar a rua, tem que tomar embalo pra subir no meio fio, mas fiquei seu fâ, mesmo sendo um ateu convicto. Aliás eu sou um ateu azarado mesmo, é o segundo padre José, que sou obrigado publicamente a confessar que gosto. Estou até preparando um lote de 70 cortes de tecidos, pra doar pra igreja dele também, pra ver se eu consigo me penitenciar de algumas coisinhas erradas que faço ou que fiz, e assim me livrar dessa cisma que tenho sobre doação de cortes de tecidos e perder essa cisma de que eu estaria tentando corromper São Pedro para entrar no céu.

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Enfim, pra resumir, o tal Padre deu o bolo na gente, naquele dia e a dona da casa, muito gentilmente fez uma vaca atolada, a especialidade da casa. A fartura é e foi a marca registrada, pois comi até dizer que chega.

Mas me contaram que quando você tem pouca carne (coisa de pobre) faz aquela panela enorme de mandioca cozida e joga uns pedaços bem grandes de carne e eles afundam. Você pega (os convidados) o caldo por cima, pensando que não tem mais carne e assim sucessivamente todos se servem e no dia seguinte, coloca-se mais mandioca e processa-se novamente um novo saboroso cozido chamado vaca atolada II.

Luiz Bento (Mostradanus)
Enviado por Luiz Bento (Mostradanus) em 27/02/2012
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