Cesar...o gato
São 2:00 horas da madrugada, que delicia! Todo mundo dormindo, vou sair!
Dou uma esticada no corpo, saio da cama de mansinho, me espreguiço bem gostoso, e saio sem fazer barulho, me esgueirando pelo canto das paredes. Até agora ninguém descobriu que eu tenho uma saída secreta.
Subo pelo batente da porta e consigo alcançar a beirada do alçapão que dá para o forro, consigo pular para dentro do telhado. Corro por entre os fios empoeirados e consigo empurrar a portinhola que dá saída para cima do telhado. Não tem nada melhor para um gato, do que olhar sobre os telhados das casas a noite, nós, gatos, enxergamos muito bem a noite e gostamos do frescor da madrugada.
Adivinhem o que eu estou procurando?
Iris! Isso mesmo! A gata Iris, aquela danada, uma noite dessas, eu corri atrás dela por esses telhados, fiquei todo ralado e ela não me deu a menor chance, quando chegamos no telhado dela, me deparei com um gato enorme, esperando por ela, e eu ainda levei uma surra dele.
Mas, hoje eu estou preparado, já dei uma boa olhada nos telhados e só tem eu no pedaço, vou arrasar!
Agora, eu estou no telhado da Dona Antonia, eta! telhado bom, viu!
O telhado dela é junto com a casa da esquerda e a casa da direita, dá para dar uma bela corrida, vou ficar quietinho, que eu sei que a Iris passa por aqui.
Lá!Lá!Lá! Disfarçando...
Opa! Lá vem ela!
- Oi, Gata! Tudo bem? Ela arregala os seus dois lindos olhinhos azuis, e perna pra que te quero, sai em disparada e eu correndo atrás, acho que fiz aquela curva a 160 por hora! Meu Deus! Que preparo físico tem essa gata, eu nunca consigo alcança-la, vou acabar desistindo, Chego no telhado dela e quem eu vejo? O gato grandão! de novo! nãooooo! Ele só me deu um tapa e me jogou longe, fui derrapando por entre as telhas, fazendo um barulhão danado, acordando toda a vizinhança.
Cesar, eu não acredito que você subiu no telhado, de madrugada, outra vez!
Ah, Mãe! É que tava muito calor eu subi para pegar uma brisa, acabei pegando no sono e cai.