Amô Caipira
"Levantei os óio pra cima e tava ele com os óio grudado ni mim. saimu na dança do forró. cabou a dança, fumos se arrumar.
"Levantei os óio pra cima e tava ele com os óio grudado ni mim. saimu na dança do forró. cabou a dança, fumos se arrumar.
Cheguei em casa e lá tava zé, drumia feito um porco antes de murrer. Garrei uma fronha, pús meus troço dentro, levei um pente fino, um pedaço de sabão, o sapato da dança, e fiquei esperando o sol nascer. Era os óio no zeca, óio na lua
Quando o sol nasceu eu apanhei meus troço e curri pra debaixo do pé de joá pa nós dois fugir. Cheguei lá, tava ele me esperando.
Quando oiemo pra traz, depois de caminhar faz tempo, vimu zeca, meu marido, e mariazinha, mulé dele, correndo atraz de nós. Demo de correr, ele prum lado e eu pro outro, zoiava o sol e danava a correr, zoiava o chão e corria e corria, até que zoiei pra cima e tava o sol no meinho, era meio dia, minha tava barriga roncando. Vortei pra casa pra cume, tristinha.
Nutei que amor de homi e muié presta não."