Não vou me alongar. É um breve texto sobre o quanto abdiquei de mim para servir a uma trajetória que não me pertenceu/pertence e sobre as dores que isso me colocou nos ombros ao longo de alguns anos. E sobre a maturidade de compreender que, independentemente de todos as razões, meu nome esteve escrito nas linhas mais tênues de mim, percebendo minhas próprias passadas como fruto de meus estranhamentos.

O que dizer sobre isso? Todos nós, em algum momento da vida, abrimos nossas vidas para o estranho oculto do mundo dos negócios nos permitindo sobreviver aos toques suaves dos feedbacks e às pressões das metas apertadas cronologicamente que nos são postas à mesa ao lado de uma imensidão de outras tarefas e projetos inacabados porque a aquilo que o agora exige é sempre bem mais importante que o outro de ontem que ficou inacabado sobre a mesa.

E as migalhas que vão ficando de cada pedaço de mim que cai sempre que observo o distanciamento de meus propósitos sucumbidos pelas necessidades da vida capitalista, arrebata minha alma em um pesar imenso que escorre de meus olhos em lágrimas tímidas por horas, dias, meses e anos em que me vi colocar em stand by todos os projetos de administração de minha própria vida.

Não vou me alongar. E justamente por isso, a reflexão que deixo é: o que vale a pena para você?
 
Até mais.
 
Hilton Luzz
Enviado por Hilton Luzz em 23/06/2018
Reeditado em 02/08/2020
Código do texto: T6371483
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