ERROS FATAIS – da Série CONTOS QUE EU CONTO...

Certa ocasião acompanhei minha mulher para um exame que exigia anestesia geral, em um hospital de Salvador. Ao fazer o pré operatório chamamos a atenção do médico para o fato de que ela é alérgica a determinada substância analgésica. Ele nos disse que estava anotando no prontuário e que aquela substância não seria prescrita, nem antes nem depois do ato cirúrgico.

Internada 24 horas antes, para os devidos preparativos, a primeira vez que a atendente adentrou o quarto onde estávamos, trazia um copo d’água e três comprimidos para que minha mulher os engolisse naquele momento. Aproximei-me do leito e indaguei de que substância se tratava ou o nome de fantasia daquelas drogas e a ‘enfermeira’ informou que o médico os havia prescrito e que seus nomes constavam no prontuário da paciente. Não deixei que minha mulher ingerisse os tais comprimidos e insisti para que a ‘enfermeira’ dissesse que drogas eram aquelas. Ela então declinou os tais comprimidos, entre os quais, um era justamente o tal que provoca alergia em minha mulher. Aí eu lhe disse que chamasse a enfermeira chefe e isso foi feito. Uns dez minutos depois, a chefe veio ao apartamento com o prontuário onde constavam os medicamentos, mas ordenou que o tal que causava alergia fosse substituído por outro com substância diferente. E tudo correu em paz, mas poderia ser diferente e quem seria prejudicada?

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 08/10/2012
Reeditado em 22/01/2018
Código do texto: T3921780
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