Memórias de um aprendiz - 17

Capítulo 17 – Chá de pingentes

Na floresta do norte, próxima a árvore da vida, Yggdrasil, outra reunião está para começar. Em certa parte dessa floresta existem as Willows, árvores antigas e sábias, que aconselhavam os visitantes que iam até elas. Em meio a uma clareira, em volta de uma mesa baixa e quadrada de pedra, estava prestes a se iniciar a reunião das sacerdotisas guardiãs. Havia quatro sacerdotisas guardiãs: Alexis, Lilith, Mary Anne e Louise. Alexis era uma elfa de 1,70m, pele clara, olhos claros e cabelos castanho-claros, e era a guardiã do norte. Lilith era uma elfa noturna, de pele difícil de descrever, parecia azulada, acin-zentada, dependendo do ponto de vista. Tinha olhos de íris branca, cabelos brancos, quase prateados, que desciam até a cintura. Sua roupa se diferenciava das outras, enquanto a das outras era um simples vestido ou um kimono com hakama a de Lilith era um vestido longo, com duas fendas na parte da frente, que subiam da borda inferior do vestido até a parte superior da coxa. Na parte de trás e na parte entre as fendas havia outra "saia", curta e feita de escamas brancas e brilhantes. Essas escamas eram também presentes nos ombros, como adorno. O vestido era branco, de seda, e caia na parte da frente como um leve e discreto decote. Mais alguns detalhes: tinha 1,72 e carregava um pingente com a forma de um floco de neve, pendurado no pescoço. Mary Anne e Louise eram humanas, porém, tão poderosas quanto as elfas. Mary Anne tinha 1,69 m e Louise tinha 1,55 m, tinham pele morena clara e olhos castanhos, sendo os de Louise mais escuros. Em questão de cabelos, os de Mary eram mais claros e ondulados, porém ainda castanhos. Essa guardava o oeste de florestas negras e lamentações, a outra o leste do raiar do sol e águas quentes. Alexis tinha o dever de proteger a floresta do norte, e Lilith a porção gelada do sul. Em meio à clareira da floresta, as sacerdotisas vão chegando e se sentando em volta da mesa quadrada. Lilith chega primeiro, depois as Louise e Mary. Elas deveriam meditar em silêncio por alguns momentos, mas algo incomoda muito o espírito delas.

– Por que ela sempre se atrasa?– diz Mary

– Não é mania dela, ela tem a natureza calma dentro de si.

– Esse é o território dela, ela deveria ser a primeira a estar aqui! – Responde ainda indignada.

Acalmem se, as duas, ela já está por perto – é o que diz Lilith, interrompendo as duas sacerdotisas humanas. Elas se calam em respeito à Lilith, que era considerada a que tinha maior poder de ataque, senso de liderança e beleza. Sem querer desmerecer as outras sacerdotisas, afinal, eram as próprias falam isso em opinião unânime.

– Olá meninas! – grita Alexis, indo ao encontro das outras três com um sorrido no rosto.

– Atrasada– sussurra Mary, em tom de reprovação aos atos dela.

– Cumpra seus horários, idiota! – grita Louise, tomando agora o papel de indignada. Também joga uma pedrinha em Alexis, porém esta não chega ao destino: é interceptada por uma flecha de luz. "Mihawk estraga prazeres" pensa ela. Antes de mais reações inco-muns, Lilith se pronuncia.

– Presumo que tenhas um bom, um excelente motivo para se atrasar. Ou talvez não, dependendo da psique e da falta de vontade dela... – diz a paciente "Líder", em tom sério e pensamentos altos.

– Estava vendo o estado das Willow, conversando com elas... É muito bom fazer isso! – talvez pela resposta ter soado como uma desculpa inventada, Alexis se senta no lado vazio da mesa que foi convocada com a seguinte maneira fina: Sem mais nenhuma palavra.

–Então, comecemos. Mary, faça. – Diz Lilith, ignorando a desculpa apresentada, já que era comum o atraso da elfa do norte. E Mary tira de seu pescoço um cordão cujo pingente era uma perola negra que se transforma em um copo preto quando posto no meio da mesa. Agora Lilith faz o mesmo, e o pingente de floco de neve derrete dentro do corpo, enchendo-o de água límpida e pura. Louise tinha uma chama em seu pingente, e ao comprimi-lo entre as mãos, as deixa vermelhas. Assim, as mãos vermelhas esquentam o copo da escuridão do oeste, com o calor do sol vindo do leste. Esquentam um pouco a gélida água do sul, por consequência. Por ultimo, o pingente de folha da ultima. Essas viram refinadas ervas da floresta do norte, e tudo, assim como todas são interligadas. Cada uma toma um gole do chá de pingentes, e depois de uma mesura sincronizada, atam suas mãos umas as das outras. Naquele momento sentem se revigoradas, e fecham os olhos, mergulhadas em orações mentais e paz profunda. Assim fora descrito por Lilith o ritual de purificação e renovação das sacerdotisas, que prefiro apelidar de ritual do chá de pingentes. E novamente os eventos mudam de “brisa” para "vendaval assobiador irritante". Ainda em plena concentração, Alexis murmura, como que profetizando: "o lobo negro se aproxima”.

Dija Darkdija
Enviado por Dija Darkdija em 21/04/2014
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