O SENHOR DO PÓ
_ Lembrava algo como um santuário de roedores, tudo estava revirado, amontoado, perdido. Nada constava no seu devido lugar. Vários objetos religiosos poderiam ser vistos ao redor deste cenário, os mesmos encontravam-se sem ordenação. Alguns não tinham os membros inferiores, faltando-lhes uma perna ou um pé. Outros não possuíam a cabeça. Muitos estavam amontoados entre si. Era um cenário imitante ao quadro “O último julgamento” de Michelangelo Buonarroti. – balbuciou o Jovem!
Após uma pausa, depois de toda esta análise, Dra. Pinel finalmente questionou:
_ Meu jovem, eu desacredito que este cenário seja à sala da mente. Caso seja, não podemos lidar com o fato de que sempre podemos limpar algo quando o mesmo encontra-se sujo?
_ Não Doutora. Não acredito que possa ser realizado qualquer tipo de limpeza.
_ É sempre assim? Você sempre se encontra neste mesmo panorama?
_ Sim
_ O que vê neste momento? Questiona curiosa ao garoto.
_ Acho que não fui claro, eu não sou uma pessoa que tem alucinações. Concluiu.
_ Então o que significa este quadro que você acabou de descrever?
_ Simplesmente é à minha vida!