A APARIÇÃO

_______________________

 

Jaci amava sua esposa mais do que qualquer coisa no mundo. Então, no parto da filha, sua amada esposa morreu. Jaci caiu aos pedaços e passou a odiar a criança - uma menina chamada Maria. Ele negligenciava-a, vestia-a em trapos. Apesar deste tratamento cruel, Maria se tornou uma doce garota que amava o pai perverso.

Quando Maria atingiu a idade adulta, a semelhança com a mãe morta era impressionante. Jaci via sua esposa morta a cada vez que olhava para a filha. Uma noite, depois de beber muito, Jaci arrastou Maria para o quarto e a esfaqueou repetidamente. Maria tentou lutar contra o pai demoníaco, mas foi em vão. O sangue jorrou dos pedaços de carne rasgada. Quando ela estava morta, Jaci, indiferente, a levou para o jardim da casa, cavou uma cova e jogou o corpo de Maria nele.

Duas noites mais tarde, quando Jaci foi fazer sua janta encontrou Maria de pé na cozinha; uma poça de sangue jazia sob seus pés, e pedaços da pele do rosto cortados pela faca, caiam no chão.

— Paaaaaai...! – exclamou Maria.

Jaci gritou e correu para fora da cozinha. Quando ele olhou por cima do ombro, a aparição já tinha ido.

Uma semana depois, lia o jornal quando, de repente, viu Maria sentada na cadeira em frente à dele. Seu vestido coberto de sangue. Suas mãos estavam ocupadas, tricotava uma camisa.

— Paaaaaai...! - exclamou novamente Maria.

Então ela voou em direção a ele, e com as agulhas de tricô como facas, feriu o pai com dois cortes profundos nas costas. Jaci fugiu da sala em pânico e, com medo, escondeu-se no sótão da casa por vários dias. O sótão era um quarto pequenino e baixo, com o ar saturado. Depois de quase uma semana de dormir mal e comer alimentos frios, ele decidiu que era seguro voltar para a sua casa.

Jaci ansioso para fazer a barba foi até o banheiro. Quando ele olhou no espelho, viu os olhos vermelhos de Maria. Ela sorriu maldosamente e sussurrou: "Paaaaaai..., levantando os dedos manchados de sangue". Suas unhas eram longas e afiadas como as garras de uma onça; deu duas tapas no rosto de seu pai. Jaci com o rosto sangrando, gritou e fugiu para a segurança do sótão.

No sótão uma voz sussurrou suavemente a alguns passos à sua direita. "Paaaaaai...". Maria sorrindo para ele, apontou acima de sua cabeça, e Jaci viu um laço pendurado do teto ao lado da escada para o sótão. Obediente, Jaci colocou suas mãos no degrau da escada e começou a subir... ®Sérgio.

________________________________________

Se você encontrar omissões e/ou erros (inclusive de português), relate-me. 

Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 02/03/2013
Código do texto: T4167723
Classificação de conteúdo: seguro