NOITE DE CELEBRAÇÃO 
 
A casa estava cheia de convidados, mas ela não conseguia se lembrar o motivo da comemoração. 
 
Sentia um clima estranho, como se algo sobrenatural estivesse por acontecer, via sobre as cabeças das pessoas, uma nuvem escura e olhares se prendendo sobre ela, no que a deixavam um tanto aborrecida.
 
Mas entre todos, notou dois seres esquisitos, diferentes dos demais, que ali se encontravam vestindo roupas, tipo capa de chuva e cobrindo também a cabeça, não dando chance de aparecer o rosto. 
 
Por mais que ela tentasse disfarçar, os olhava, e certo arrepio foi tomando-lhe o corpo e os cabelos e, quase entrou em estado de demência quando, percebeu que estava num lugar que não deveria estar. 
 
Ela tremia tanto de medo que precisou sentar para não cair. Teve muita sorte em sentar porque logo em seguida, entrou na cozinha, lugar onde ela estava um outro ser estranhíssimo que a olhava com certo interesse, parecia que sabia que alguma coisa, estava por acontecer e seria com ela.
 
Resolveu circular pela casa, se distrair um pouco, fingir que estava tudo normal.  Momento infeliz, quando resolveu olhar num dos quartos e viu um ser esverdeado, de cabeça grande, parecendo que estava engessada e, tinha no lugar dos olhos um buraco oval com grandes pedras roxas cintilantes.
 
Era uma criatura muito feia, não acreditava que estivesse tão perto de um ser assim tão inacreditável. Criou coragem e olhou com vontade. Pois já havia ouvido falar em seres extras terrestres, por isso: não foi tanta surpresa ver aqueles pés esquisitos.
 
Pensativa, intrigada, resolveu ficar na sala, recostada na ponta de um dos móveis, ali estava num lugar, que não atrapalhava a passagem de ninguém. 
 
E surpresa, viu os mesmos dois seres sentarem num banco enfrente a ela, e novamente a olhavam com ares de...  
Não conseguiu completar o pensamento, pois entrou na sala outro ser  baixo, com olhar severo, tipo sargento, no que se fazia silêncio quando ele passava. 
 
 E percebeu os mesmos dois seres fazendo sinais para ele, em sua direção...
 
 E nesse momento, o alienígena passou por ela e segurou sua mão e puxando, fez sinal que a seguisse, no que ela sentiu que não era um convite, era uma ordem a ser cumprida, para o seu próprio bem.
 
Seguiram por caminhos tortuosos, numa escuridão medonha, as lâmpadas dos postes das ruas ficavam acendendo e apagando, como  vaga lume. E todo o trajeto, era como num filme de terror.
 
Andaram juntos lado a lado, sem se falarem. 
 
 Finalmente chegaram num lugar, parecia um casarão iluminado por dentro e por fora e as luzes piscavam. Tudo indicava que ia haver ali, uma celebração ou algo importante que precisasse de expectadores.
 
Foi quando um ser tipo líder, fez sinal para que fosse até ele.
 E a levou para certo cômodo. 
 
Quando chegou perto, viu um homem magro, muito magro e baixo, deitado numa espécie de maca rodeada de luzes verdes. 
 
Ela não compreendia o que estava acontecendo, era tanta luz num ambiente só, que afetou sua visão e desse jeito fez uma prece, pedindo pelo amor de Deus livrá-la daquela situação de abdução. 
 
Naquele momento, ela já sabia que estava numa nave espacial tamanho o assombro e deslumbre do ambiente, onde tantos alienígenas esperavam por alguma celebração. E ela muito assustada tremendo de medo acordou e ouviu seu próprio grito no momento, em que aquela máquina que ela pensou fosse barracão, levantou voo levando também os dois seres esquisitos, diferentes dos demais, que vestiam roupas, tipo capa de chuva e cobrindo também a cabeça, não dando chance de aparecer o rosto, mas com certeza  eram alienígenas.

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Contadores de Histórias
Enviado por Contadores de Histórias em 26/02/2015
Reeditado em 13/03/2015
Código do texto: T5150460
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