FUGAZ

Amigo sol, que bonito

Quando você ilumina

A casa de Catarina

Em velho conto erudito

Revestido de bendito

Que nos enche de enlevo

O espírito coevo

Alimenta-se da paz

E a alma se satisfaz

Folga e brinca no relevo

Nosso povo folgazão

Reverencia a beleza

Da obra da natureza

No despertar do clarão

Deita a semente no chão

E se intromete no frevo

Perde o marco medievo

Mas fica um ponto falaz

E a alma se satisfaz

Folga e brinca no relevo

O homem encontra ouro

A mulher encontra prata

Semblante de acrobata

E nesse ano vindouro

Têm plano de bom agouro

Inspirando a boa evo

Desde o tempo primevo

Ah, mas tudo é tão fugaz

E a alma se satisfaz

Folga e brinca no relevo

Mote e glosa: Sander Lee