RUELAS DO MEU POVOADO

Que saudades me vieram agora

Das pobres ruelas de chão

Do meu pequeno povoado

Minhalma lamenta e chora

Remoendo esta recordação

Ao remexer neste passado

Como dói meu coração

No silencio da noite escura

Sem radio nem televisão

Chicotinho queimada e ura

Nossa sadia e única diversão

Tornavamos meras figuras

Sem dar bolas para o tempo

Correndo na escuridão

Hoje saudade é o que restou

Desta bela fase da vida

Tributos que a mente guardou

Nossas brincadeiras preferidas

Neste memorial de lembranças

Que ficaram no tempo perdidas

Longínqua história à distância

Tornei-me um poço de nostalgia

Aonde eu vivo sonhando acordado

Às vezes trocando a noite pelo dia

Domindo sempre de olhos abertos

Tentando reviver neste passado

Juntamente aos meus amigos diletos

Na utopia do saudoso povoado.

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 13/09/2011
Reeditado em 14/09/2011
Código do texto: T3216896
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